Quarta-feira, final da Copa Libertadores da
América, dois dos grandes times se enfrentam: Boca e Corinthians em um jogo
histórico. E você, com todo o tédio do mundo, me responde: eu sequer gosto de
futebol, não aguento mais os debates desnecessários sobre isso, desde quando as
pessoas deixaram de se importar com a possível cassação de Demóstenes para
articular artigos infinitos sobre o último gol do Romarinho?!
Pois bem, eu nunca cultivei qualquer tipo de
sentimento pelo futebol, sou palmeirense de família, sempre gostei mais da cor verde
do que a rosa, mas não acho que isso tenha relação com meu time. Fui entender o
amor incondicional ao time há meses, quando vi aquele homem barbudo, de quase
1,90m, vestido de preto e branco chorando como uma criança ao ver o Corinthians
ser campeão do Brasil. Ele se juntou a milhões, abraçou inimigos, cantou pelas
ruas, ligou para os irmãos, abraçou a namorada e viu o coração bater forte em
um ritmo que nunca pode explicar.
Não teria palavras para descrever a emoção,
sentiu-se poeta ao narrar seu amor ao time, como os autores que já tentaram
descrever o sentimento que invade o peito dos amantes no primeiro beijo e que
derrama lágrimas dos olhos das mães ao ver orgulhosa seu filho prosperar. É
assim que alguns enxergam o futebol. E os outros que julgam loucos os torcedores
pouco sabem de amor, se soubessem aplaudiriam cada passo dado pelos jogadores
em sincronia com o canto da torcida.
Eu, que nada sei sobre futebol, mas entendo um
pouco mais do amor anseio por cada novo comentário que surge sobre o tão
esperado jogo, de nada me importa a escalação feita por Tite ou se Riquelme
estará em sua melhor forma, quero mesmo que cada um dos torcedores mostre o
mais íntimo de si ao primeiro grito de gol, quero ver as acaloradas discussões
sobre a existência ou não dos ‘antis’, quero afirmar que apesar de muitos
erros, o futebol também é feito de acerto, porque é composto por pessoas
apaixonadas e que estas são maioria, não devem ser confundidas com aquelas que
vão as ruas apenas para criar atrito ou levam os punhos fechados para atacar
qualquer um que se oponha ao seu time.
E, mesmo não torcendo por nenhum dos que
jogam hoje, espero só o melhor do futebol. Que mexa com os nossos ânimos, que
tire o sono de milhões, mas que dê significado a vida de muitos!
Hoje morrerá a mais antiga das piadas sobre futebol no Brasil...
ResponderExcluirÉ mesmo, Leo! Mas, as piadas se aprimoram sempre :)
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