Há tempos tento
escrever um post sobre consumismo. Só de ter lido esta palavra você já deve ter
pensado 'nossa, mais um?'. É, eu sei... não gostaria mesmo de falar mais do
mesmo. Por isso, começo o post com esse vídeo (desculpem, não consegui anexar,
tive de colar a url). O vídeo é longo, mas a essência é a seguinte: um menino decidiu
montar seu próprio parque de diversões apenas com caixas de papelão, fita adesiva
e brinquedos antigos.
Parece que ele já
juntou algo como 200 mil dólares com sua invenção e pretende investir o
dinheiro na faculdade. Deixando minhas considerações sobre a delícia que é
poder sair da caixa e encontrar um lugar no mundo, vou partir a outro ponto.
Pra mim, as atitudes dessa criança e desse pai são admiráveis!
E chama ainda mais
a atenção a disponibilidade do pai por incentivar a criatividade do filho e não
somente dar um ingressos para o parque, brinquedos, jogos ou televisão.
Isso me lembrou do novo ‘sonho brasileiro’. Viajar para um polo
comercial – de preferência Estados Unidos – e investir todo o salário do ano em
roupas e assessórios de marca. Deixo claro que não condeno, sequer julgo, a
necessidade ou vontade de se gastar qualquer quantia em objetos ou propriedades,
sejam elas essenciais ou supérfluas, pois isso é algo extremamente subjetivo,
passivo de diversas interpretações.
O que incomoda é a forma como esses paraísos das compras passaram
a ser valorizados. Com o desenvolvimento do país, a valorização da nossa moeda
e a consequente melhora na situação financeira de muitos brasileiros, virou
obrigatório ir à Miami consumir o estilo de vida americano. Comprar calças que
quase sempre terão as barras feitas, casacos para neve, blusas com mangas mais
longas que nossos braços.
O preço é mesmo tentador, não há dúvidas. Só fica a desconfiança
se não estamos abrindo mão do sonho do ‘parque de diversões caseiro’ e dando
espaço a um sonho que sequer é de nossa autoria.
Que molequinho louco!
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